O IX Seminário de Jogos Eletrônicos, Educação e Comunicação –
realizado na UNEB – Salvador/BA na edição 2013 deu continuidade e fortaleceu as
discussões iniciadas em 2005, que contribuíram para a criação da Rede Brasileira
de Jogos e Educação, tornando-se um marco para pesquisadores da área. O foco do
evento foi a discussão de games e mobilidade, considerando as experiências
lúdicas vivenciadas pelos dispositivos móveis (tabletes, consoles portáteis,
smartphones, etc.) e os novos desafios para o desenvolvimento de games para
plataformas móveis. Para isso, teve como objetivo reunir uma rede de
pesquisadores e desenvolvedores de jogos a fim de discutir e explorar esse novo
campo de estudo e produção. Assim, o evento reuniu pesquisadores de diferentes
regiões do Brasil, de Portugal e dos EUA que têm interesse e/ou atuam na área de
desenvolvimento e realizam pesquisas sobre os jogos eletrônicos que se
constituem hoje em um fenômeno cultural que precisa ser investigado.
Participaram do evento as professoras Elizangela Mazei e
Maria José Basso Marques, apresentando um artigo que expõe a construção de
um software como ferramenta lúdica para a memorização das regras do novo acordo
ortográfico que entrará em vigor em 2016. Esse software foi construído por
alunas do Ensino Médio Integrado à Educação Profissionalizante (EMIEP) da Escola
Estadual Desembargador Milton armando Pompeu de Barros, Colíder-MT.
A apresentação
das professoras, segundo relato das mesmas, foi alvo de grande interesse pelos participantes do evento, pois se tratava da
execução de um projeto onde os agentes construtores do jogo eram os alunos
orientados por professores, diferenciando-se da maioria dos trabalhos expostos,
nos quais os alunos participavam da construção apenas como agentes mediadores nos
testes.
Assim houve
vários questionamentos sobre a ferramenta utilizada (Game Maker) para a
construção do jogo, possibilitando uma vasta troca de informações, enriquecendo
ainda mais o evento e a participação. Constatou-se
também que o mercado de trabalho espera pela formação de programadores, o que se
torna uma justificativa para direcionar o curso EMIEP da escola Pompeu de Barros para esse
foco (o da programação), pois tanto os empresários como as demais instituições
educacionais que faziam parte do evento comentaram a frustração de não poder
desenvolver mais projetos pela falta desse profissional.
As professoras agradeceram à Seduc-MT por viabilizar a sua participação no evento e consideram que ficou-lhes a missão
de buscar incentivos para que os alunos percebam esse mercado de trabalho e
estimulem a tornarem-se programadores.
O JOGO
O jogo “Na ponta da Língua” aborda a parte de acentuação gráfica da nova
ortografia e foi aplicado a alunos do Ensino Médio como teste de aprovação para
a aprendizagem com ludicidade. Apresenta em sua análise um resultado positivo,
pois todos afirmaram que aprendem o novo acordo com o jogo e de fato o memorizam,
além de terem acesso ao jogo em qualquer momento para rever conceitos e
praticá-lo quando necessário, uma vez que o mesmo está disponível on line.
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